Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Ministro deixa claro que militarização de escolas não tem respaldo do MEC e não há evidência de resultado

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O ministro da Educação, Camillo Santana, deixou claro que a militarização das escolas não faz parte do planejamento nacional. Ele alegou, ainda, que não há evidência de resultado nas unidades cívico-militares, muito pelo contrário, os indicativos que mostram a qualidade são outros, como incentivo à educação integral e uma alfabetização de qualidade, citando, inclusive, o exemplo do Ceará, estado que alcançou o 1º lugar no Brasil na Educação. 

“Não é a estratégia do MEC (a militarização), as evidências mostraram que não é esse o ensino que traz resultado para o Brasil. Vou dar o exemplo do meu estado, das 100 melhores escolas públicas do país, 87 são no meu estado. Nenhuma é militar”, declarou ao lado do governador Mauro Mendes (União), que vem adotando a política de militarizar algumas das escolas públicas do Estado.

Um dos casos que tem causado polêmica é a militarização da Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, que enfrenta resistência por parte dos profissionais e alunos.

Apesar da crítica, o ministro fez questão de deixar claro que os estados têm autonomia para tomar suas decisões, porém, não encontrarão respaldo no MEC. “Nós vamos apostar nos modelos que trazem resultados, não apenas no Ceará, mas em Pernambuco, Espírito Santo e em vários vários estados e municípios. As estratégias que estamos desenhando são as de fortalecer o tempo integral, fortalecer escolas profissionalizantes e garantir alfabetização na idade certa, escolas conectadas. Temos que apoiar o jovem para não abandonar as escolas”, afirmou Camillo, em visita a Cuiabá na tarde dessa quinta-feira (25). 

Outro ponto que parece mostrar uma falta de sintonia entre a política nacional e a estadual é que trata sobre a questão do Ensino Fundamental. Isto, porque segundo Camillo, que foi governador do Ceará, apesar de apenas o Ensino Médio ser, de fato, de responsabilidade do governo estadual, não se pode ignorar a base, porque senão o estudante chega com deficiências na aprendizagem e terá dificuldades, que podem resultar no abandono do ensino. 

“Precisa ter um regime de colaboração muito forte, é claro não depende só do Mauro, depende da colaboração que ele faça com todos os municípios de Mato Grosso, porque o ensino fundamental é responsabilidade dos municípios, mas o Estado entra nessa parceria junto, porque responsabilidade do governador é o Ensino Médio, mas quando o menino não faz um bom ensino fundamental ele chega ruim no Ensino Médio. Tenho um número que aponta que 64% dos alunos terminam o Ensino Médio. Estamos perdendo crianças, não queremos perder nenhuma e garantir a qualidade da formação dos jovens no país”, afirmou.

Essa fala do ministro encontra relação com o fato de Mauro ter adotado uma política de redimensionamento das escolas repassando todo o Ensino Fundamental para os municípios e desativando unidades estaduais, deixando apenas as focadas no Ensino Médio. Porém, o governador Mauro Mendes revelou na coletiva que vem se inspirando na gestão de Camillo no Ceará, tendo inclusive, enviado técnicos da Secretaria de Estado de Educação para conhecer o modelo adotado no estado nordestino, que atualmente é referência de educação pública.

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