Setor estima aumento de 23% na produção de etanol em relação à safra anterior, mas ainda tem desafios para crescimento sustentável
A agroindústria de Mato Grosso evoluiu consideravelmente, passando de antigos engenhos de açúcar para uma indústria de bioenergia diversificada. A produção de etanol de milho e cana-de-açúcar impulsionou o estado, que é agora o maior produtor de etanol de milho no país e ocupa o terceiro lugar em produção geral, após São Paulo e Goiás. A agroindústria também contribui para a economia circular com produtos como cogeração de energia, biogás e biofertilizantes.
Para se ter noção, a produção de etanol em Mato Grosso ultrapassou 4 bilhões de litros sustentada principalmente pelo aumento da produção de etanol de milho, que responde por cerca de 75% da produção de etanol do estado. Destaque ainda para a previsão de produção de 5,3 bilhões de litros de etanol na safra 2023/24, um aumento significativo de 23% em relação à safra anterior.
Esse avanço trouxe não apenas geração de empregos e valor agregado ao estado, mas também o reconhecimento de Mato Grosso como referência em tecnologias de energia renovável. Além disso, o estado se destaca na produção de biodiesel, ocupando o primeiro lugar em quantidade de usinas e a segunda posição em volume de produção, impulsionando emprego e renda em diversas regiões.
A expansão da produção agrícola, com disponibilidade de matérias-primas como soja e algodão, ampliou a diversificação do biocombustível. Mato Grosso conta com 16 usinas de biodiesel, com capacidade autorizada de produção anual de 2,897 bilhões de litros.
“Com todos esses avanços no cenário industrial, o setor trouxe evolução para o Estado, com agregação de valor, geração de emprego e uma economia circular e renovável que têm desenvolvido outras cadeias ao seu redor”, pontuou o presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) e presidente das Indústrias de Bionergia de Mato Grosso (Bioind), Silvio Rangel.
No entanto, o setor enfrenta desafios para garantir um futuro sustentável, o que levou à realização do 1º Encontro Nacional de Inovação das Indústrias de Bioenergia, buscando debater temas cruciais para a cadeia.
“É uma oportunidade para destacar a importância do setor, debatendo vários temas que envolvem essa cadeia, como a sustentabilidade, o bem-estar e segurança no trabalho, a inovação nas áreas industrial e agrícola e técnicas inovadoras”, pontuou o presidente do Sindicato das Indústrias do Biodiesel no Estado de Mato Grosso (SindiBio-MT), Rômulo Morandin.
Com um crescimento notável de 23% previsto na produção de etanol na safra 2023/24, alcançando 5,3 bilhões de litros, e uma estimativa de 4,2 bilhões de litros de biocombustível (etanol de milho), o estado demonstra sua relevância no cenário nacional de bioenergia. Além disso, a produção de 1,8 milhão de toneladas de DDGs e 522 mil toneladas de açúcar, juntamente com a moagem de 16,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, reflete a pujança do setor.
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