O senador Jayme Campos esteve, hoje, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), em Brasília, e cobrou do presidente Rodrigo Agostinho, agilidade para destravar o embarque de madeira para clientes no exterior. A falta de servidores do Ibama no Porto de Paranaguá (PR) está prejudicando a liberação e os embarques das cargas. “Há quase três meses dessa situação, onde quase tudo está travado. A estrutura está muito aquém do necessário. Muitos pedidos estão sendo cancelados devida a demora na liberação dessas cargas. Os empresários locais somam prejuízos incontáveis”, destacou o senador.
Jayme afirmou também que o setor está produzindo de forma legal e com sustentabilidade, gerando emprego e renda, mas que a falta de estrutura do Ibama está criando uma crise sem precedentes para setor e todos os outros segmentos que dependem desse viés econômico.
Para o empresário Frank Rogieri de Souza Almeida, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), que participou de forma virtual da reunião, a solução mais urgente seria a utilização
do Porto Seco em Cuiabá, e a colocação de mais funcionários para o atendimento das demandas.
O presidente do Ibama disse que é favorável à utilização do Porto Seco e que só precisa ser analisada a questão de logística e prometeu ir pessoalmente ao Porto de Paranaguá averiguar o movimento que está retardando as exportações. Ele manifestou que não é uma situação normal e que o porto hoje conta com 10 funcionários. O Porto de Belém (PA) conta com 15 servidores.
O movimento dos servidores ambientais do Governo Federal deve se manter por pelo menos mais alguns dias. A mais recente rodada de negociação terminou sem acordo, com os representantes da Associação Nacional dos
Servidores Ambientais (ASCEMA) reclamando da “insuficiência” da proposta apresentada pelo governo. Jayme Campos, todavia, disse que o setor produtivo está sendo duramente penalizado.
As vendas de madeira mato-grossense para outros países movimentaram US$ 70,9 milhões ano passado. Comparado com os demais estados exportadores brasileiros, Mato Grosso ocupa o 4º lugar no ranking nacional, ao embarcar 68.677 toneladas do produto florestal para o exterior, de janeiro a setembro.
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