O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou hoje a operação Sorokin, que investiga empreendimento criminoso que supostamente teria se especializado em fraudes para garantir que seus integrantes auferissem vantagens indevidas mediante crimes de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro, em Mato Grosso. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em diversos municípios do estado (não informados).
Conforme o Gaeco, uma técnica ambiental, que se intitulava engenheira florestal e forjou assinatura de um promotor de Justiça, do superintendente do Ibama e da secretária estadual de Meio ambiente, para celebração de Termo de Ajustamento de Conduta falso, é um dos alvos da operação. Além dela, outras quatro pessoas, entre físicas e jurídicas, são alvos de sequestro de bens móveis e imóveis.
A investigação, conforme o Ministério Público Estadual, começou a partir de procedimentos realizados em outra operação, a Poygonum. Na ocasião, foi constatado que a responsável técnica forjou assinatura eletrônica para montar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), contendo, inclusive, símbolos oficiais do Ministério Público do Estado de Mato Grosso. Segundo o Gaeco, o acordo falso, que previa o pagamento de indenizações, reposição e multas ambientais, no valor de R$ 6,2 milhões, foi apresentado à proprietária do empreendimento, que acabou efetivando o pagamento de tais valores na conta de denunciados.
“O documento fraudado vai muito além da fraude a um documento do órgão ministerial, mas sim ao conjunto de órgãos ambientais do Estado de Mato Grosso que, em um trabalho conjunto, estavam atuando exatamente no combate às fraudes endêmicas instaladas em alguns setores da área ambiental”, informou o promotor de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano.
Foi apurado que os integrantes da organização criminosa, em uma atuação colaborativa, teriam contribuído para a execução de diversas fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CARs) de propriedades, em relatórios de tipologia e em Autorizações de Desmates (ADs). Os valores obtidos pela organização, segundo o Gaeco, foram integrados a diversos bens móveis e imóveis, no intuito de dissimular sua origem e movimentação, decorrentes dos crimes praticados.
“Na investigação do crime de lavagem de dinheiro, verificou-se em uma das situações, por exemplo, que dois dos denunciados teriam integrado sociedade cujo capital integralizado chegou a ser de R$ 54,6 milhões, isso sem contar outras propriedades, como casas de luxo, e bem móveis de alto valor, como máquinas agrícolas”, destacou a delegada Alessandra Saturnino, designada pela Polícia Civil para atuar na força tarefa ambiental do Gaeco.
Em instantes mais detalhes.
TV SUPER SINOP CANAL 7.1 HD/ SO NOTICIAS