O delegado de Polícia Civil de Tapurah (204 quilômetros de Sinop), Arthur Almeida (foto), confirmou que foram cumpridos na data de domingo e três mandados de buscas e apreensões e a prisão temporária do fazendeiro, de 57 anos, investigado pelo homicídio do seu funcionário, Dinalto Machado Lopes, de 53 anos, encontrado morto esta semana em sua fazenda localizada a 42 quilômetros do município. Segundo Arthur, a versão de um suposto ataque de onça à vítima não se consolidou após exames da Politec, que confirmaram perfurações por arma branca e disparo de arma de fogo.
Ainda conforme o delegado, a teoria de ataque do animal surgiu do próprio proprietário da fazenda. “Quem havia criado toda essa história foi o proprietário da fazenda, foi uma das pessoas que estava no local. Somente havia a esposa da vítima, a vítima e esse proprietário. De acordo com a narrativa de quem estava lá, a última vez que a pessoa foi vista com vida foi aproximadamente 6h30 da manhã, quando ela foi consertar a cerca que havia se partido. Às 8h30 a esposa achando estranho a demora, perguntou ao proprietário da fazenda que estava no local, onde que a vítima poderia estar e informou que estaria trabalhando no pasto”, detalhou.
“Alguns minutos depois, a esposa da vítima afirma, em sua narrativa que ouviu o suspeito já gritando de longe vindo do pasto avisando que a vítima estava em óbito e teria sido atacada por um animal. Demonstrando todos esses indícios, foram derrubados pelas conclusões chegadas pela Politec”, acrescentou.
De acordo com o delegado, as buscas foram cumpridas na fazenda do alvo da investigação e em duas residências na cidade de Tapurah e no Distrito de Ana Terra. “Diante de todos esses indícios, foi aberto inquérito de homicídio e a ação foi uma diligência com objetivo de angariar mais elementos de materialidade e confirmação de autoria. O inquérito continua até a conclusão. O celular do suspeito foi apreendido e vai passar por perícia”, pontuou o delegado. Em uma das residências do investigado foram apreendidas três armas de fogo e diversas munições.
Conforme O perito criminal Nilton Dalberto e a técnica de necropsia Simoni Edna, da Politec de Sorriso, detalharam sobre o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e análise do local que descartaram a possibilidade de um ataque animal a vítima.
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