A Polícia Civil cumpriu 17 ordens judiciais em Cuiabá e Várzea Grande no âmbito da Operação Carimbo Fake a agentes públicos e particulares em uma investigação que apurou que os servidores de unidades de Pronto Atendimento da secretaria de saúde do Município de Várzea Grande realizaram a vendas de atestados médicos falsos.
O resultado da investigação foi apresentada à 4ª Vara Criminal de Várzea Grande, que, após manifestação favorável do Ministério Público, expediu oito mandados de buscas domiciliares e nove medidas cautelares, sendo duas ordens de afastamento do cargo, uma ordem de impedimento/suspensão de eventual nomeação em atividades relacionadas à secretaria de Saúde de Várzea Grande e secretaria Estadual de Saúde, três ordens de proibição de frequentar qualquer unidade de saúde (Upa, hospital ou pronto-socorro públicos do Município de Várzea Grande) e três proibições de qualquer tipo de contato entre os investigados, testemunhas e outros servidores da saúde do município de Várzea Grande.
Conforme a Polícia Civil, perícias técnicas realizadas comprovaram que diversos atestados médicos foram produzidos com carimbo e assinaturas falsos. Depois, os atestados eram vendidos pelo aplicativo WhatsApp e os pagamentos realizados via Pix, diretamente na conta bancária de servidores públicos municipais.
A investigação identificou que eram utilizados carro de aplicativo de transporte para a entrega dos atestados falsos aos interessados. As investigações tiveram início a partir de informações recebidas na 1ª e 2ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande que, ao identificarem o envolvimento de agentes públicos, remeteram as denúncias à Delegacia de Combate à Corrupção para continuidade das investigações.
Os investigados devem responder pelos crimes de falsificação de documento público, corrupção passiva, corrupção ativa além de outros crimes conexos a apurar.
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