Macacos da espécie prego e aranha tem sido avistados, há mais de duas semanas, transitando pelas vias e causando transtornos à população dos bairros Jardim das Primaveras e Residencial Jequitibás, nas imediações do Parque Florestal de Sinop. A situação foi relatada, empela contadora e moradora Marlete Begnini Tedesque. “Vimos vários macacos (filhotes e adultos) agitados e atravessando a rua, pegando alimentos nas lixeiras próximas às casas. Hoje de manhã, ainda notamos um que entrou no quintal do vizinho e recolheu alguns mamões de um pé”, relatou a moradora.
“Isso gera uma preocupação, não só com a possibilidade deles continuarem invadindo, mas de sofrerem acidentes ou estarem sendo mal tratados”, acrescentou. No parque florestal, que integra uma unidade de conservação com 104 hectares, é onde vivem dezenas de macacos e a maioria é da espécie prego.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Ivete Mallmann Franke, informou, que ações de educação ambiental não tem sido suficientes para sensibilizar a população a não fornecer alimentos para não prejudicar a saúde dos animais e devem ser tomadas medidas mais duras como multar e autuar por crime ambiental. “Temos um sistema de vigilância e abordagens (feito por funcionários) no parque, no qual recomendados a não entrar no recinto com alimentos e nem entregá-los às espécies. Existe uma resistência muito grande por parte dos munícipes, mas em caso de insistência, contaremos com o apoio da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, para a caraterização dos casos como crime ao meio ambiente”, detalhou.
As ocorrências também serão passíveis de multa, segundo ela. “Os valores não são baratos, sendo que em unidades de referência (R$ 3,45) podem chegar a R$ 100 ou mais, a depender da gravidade avaliada e situação geral do caso. Não queremos ter que multar ninguém, mas também visamos evitar o ocorrido no parque de Sorriso, onde também por uma má prática, uma criança foi atacada por um macaco”.
A secretária destaca que é impossível restringir o acesso desses animais a áreas externas. “O espaço não funciona da mesma maneira que um zoológico, a área e aberta e os macacos avançam por cima das grades sem dificuldade. Então temos buscado captar a atenção deles recursos como buzinas, apitos, afugentando para dentro do perímetro do parque, assim como ações de recondicionamento”.
Os servidores da pasta e estagiários do curso de veterinária da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) tem realizado o acompanhamento para reeducação alimentar das espécies, além de visitar imóveis nas proximidades e repassar orientações básicas para evitar o contato direto com os macacos, concluiu Mallmann. “Uma vez que se habituam e perdem o medo da população, temos casos cada vez mais frequentes entre os animais que acessam os imóveis em busca de alimentação.
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