De acordo com a suplente de senador, embora Dorner tenha cumprido com algumas promessas de campanha, a saúde municipal ainda deixa muito a desejar
Segunda suplente do senador Wellington Fagundes, Rosana Martinelli (PL) confirmou a pré-candidatura à Prefeitura de Sinop nas eleições de 2024. Com isso, ela carimbou o passaporte para fora da base de apoio do atual gestor municipal Roberto Dorner (Republicanos). De acordo com ela, que já foi prefeita do município, a ordem do Partido Liberal é lançar candidatos na maioria das cidades de Mato Grosso, e em Sinop a ideia é montar um forte arco de aliança com partidos da direita para tirar Dorner da prefeitura.
Com experiência na chefia do Executivo municipal, tendo exercido o cargo de prefeita de Sinop na gestão 2017-2020, Martinelli afirma que sua pré-candidatura não é uma imposição e que tudo será discutido dentro do arco de alianças que pode ser composto pelo MDB, PSDB, PTB e o Podemos.
“Eu declarei que meu nome está à disposição, mas não precisa ser necessariamente eu, pode ter uma mudança. A princípio é isso e vamos ver se consolidamos. Estamos conversando com partidos. Estamos neste momento falando com o PSDB, MDB, PTB e Podemos e assim vamos falar com todos os partidos para formar esse grande arco de aliança. Falamos com União Brasil do Dilmar Dal’Bosco e do governador, mas eles ainda não se manifestaram. Vamos avaliar e quem estiver melhor que vá”, disse Rosana na tarde desta segunda-feira (11) em entrevista.
Fora da base de Dorner
Apesar de ter apoiado o prefeito Roberto Dorner na eleição municipal de 2020, na qual ele saiu vitorioso, Martinelli demostra certo descontentamento com a atual gestão.
À reporetagem, ela conta que, à época das eleições, Dorner havia dito que faria um único mandato com o objetivo de agradecer o município de Sinop o que havia conquistado durante sua trajetória profissional. Todavia, o atual prefeito acaba de lançar a pré-candidatura à reeleição, o que teria desagradado até mesmo os apoiadores da direita.
Além disso, a ex-prefeita afirma que, embora Dorner tenha cumprido com o pacote de obras estabelecido pelo grupo à época da eleição, a saúde municipal ainda deixa muito a desejar.
“Ele [Roberto Dorner] disse que seria um mandato só, isso tem nos programas eleitorais, que queria agradecer tudo que recebeu de Sinop. Agora ele fala em reeleição. Por isso não estaremos com ele. […] Nós deixamos um pacote de obras que ele fidelizou. Asfaltar 100% da cidade, o parque que inclusive é uma emenda do senador Wellington Fagundes. Obras que ele teria que concluir, tá concluindo. O que ele fez de diferente foram quatro escolas. Eu acredito que deve melhorar muita coisa, ainda não está uma gestão comprometida, principalmente com a saúde, então temos que dar uma mudada e melhorar. Sinop cresce muito e precisa dessa força política e liderança no Nortão, o que eu vejo que com o Dorner nós perdemos”, disse Rosana.
Oposição ao Governo Federal
Caso realmente saia candidata pelo PL e consiga vencer as eleições, Martinelli deve enfrentar um outro desafio, o de gerir a maior cidade do Norte de Mato Grosso durante dois anos do governo Lula (PT), o que para ela não será difícil.
Mesmo sendo opositora declarada ao petista, a ex-prefeita afirma que faz uma oposição inteligente e que isso não irá atrapalhar no momento de ir a Brasília buscar recursos para serem aportados em Sinop, afinal: “se Lula prega união, ele tem que fazer na prática”.
“Acredito que quando você está no governo municipal você tem que buscar recursos que estão em Brasília e eu vou lutar para buscar o maior número possível de recursos para o meu município e o que é bom para nossa região. O PL é o único partido de oposição, mas não somos oposição ao Lula. Somos de direita porque não concordamos com algumas atividades e alguns segmentos que o governa tá tomando, mas o que for bom estamos dispostos a conversar”, afirma a pré-candidata.
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