O prefeito de Sinop, Roberto Dorner, voltou atrás e anunciou a suspensão da tramitação da reforma administrativa nesta segunda-feira (19). Durante a sessão da Câmara de Vereadores, realizada ontem, servidores protestaram contra o projeto, que propôs alterações no plano de carreira dos servidores municipais.
A Reforma Administrativa foi elaborada após dois anos de estudos por uma empresa terceirizada. O vereador Juventino Silva, líder da base de Roberto Dorner na câmara, afirmou que a proposta não era o que o prefeito esperava. “Não era isso que o prefeito estava esperando como primeiro documento, embora seja o primeiro. Não era isso que ele estava esperando.”
O parlamentar ainda afirmou que a prefeitura vai recomeçar o processo, podendo criar o novo estudo internamente ou contratar outra empresa. Os custos aos cofres públicos com a elaboração da reforma administrativa foram apontados pelo vereador da oposição, Mário Sugizaki. “Foram gastos R$ 850 mil para fazer esse documento, dinheiro jogado fora, que não serve. Então, eu quero perguntar, com o que essa gestão está preocupada?”, criticou.
Os principais pontos da reforma:
Segundo o presidente do Sintep-MT, professor Valdeir Pereira, o texto da reforma previa a imposição de um limite de 16,5% de servidores por ano que poderiam ter acesso à progressão de carreira, independentemente do tempo de serviço.
Além disso, a proposta também restringia o avanço na carreira dos servidores com novas qualificações, como mestrado e doutorado, exclusão dos trabalhadores da educação de apoio das carreiras e criação de novos cargos comissionados na Secretaria Municipal de Educação.
O líder sindical não descartou ainda uma paralisação caso o executivo mantenha o texto da proposta. “Se for necessário, estaremos prontos para uma paralisação por tempo indeterminado, se essa for a vontade da categoria”.
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